Danieli Tavares
No início do século XX, H. G. Wells afirmou que “a história da humanidade é cada vez mais a disputa de uma corrida entre a educação e a catástrofe”. Em 2012, o pesquisador David Albury, da GELP (Global Education Leaders Program) afirmou que “o Mundo levará décadas para implantar ensino do século 21”. Essas afirmações, publicadas respectivamente nos excertos de Moacir Gadotti (2000) e no Terra Educação em 25/09/2012, revelam-nos as crises dos modelos de ensino e a necessidade de mudança. E quando falamos em mudança, pensamos em teorias de aprendizagem, avaliação de currículo, autonomia escolar e outras discussões que, para já, não pretendo abordar. Mas, chama-me atenção a questão da inovação tecnológica.
As vias parecem intransitáveis quando pensamos, por exemplo, na questão da dependência. Uma analogia simples e aparentemente surreal (e ilógica), diz respeito ao desenvolvimento das novas tecnologias nas sociedades e a (não) utilização dessas tecnologias nas instituições de ensino. Percebemos, claramente, que as sociedades estão cada vez mais dependentes dessas transformações, enquanto que as instituições de ensino - há exceções, mas vou falar aqui do panorama geral - parecem não saber como acompanhar essa tendência tecnológica e se esbarram na comunicação com os alunos.
Parece simples pensar na relação entre Inovação e Educação. No entanto, a Educação, em teoria, está visceralmente comprometida com o conhecimento e ideias, de tal modo que tem demonstrado, durante décadas, resistência para experimentar novas tecnologias e novos conceitos baseados nas ciências. Já não se sabe se a Educação faz parte da ‘corrida’ mencionada por Wells ou se mantém com ‘pernas atrofiadas’ num tempo de crise de concepções e paradigmas, época em que o imaginário parece ter um peso maior. Evito pensar que a Educação (formal e não-formal) possa fazer-se a própria catástrofe do século XXI...
Nas conversas e controvérsias do nosso tempo, não podemos perspectivar o futuro da educação. Não, sem certa dose de cautela. No entanto, a “maldição da tradição do conhecimento” e a crise de paradigmas não podem figurar a justificativa para o imobilismo.
Só espero que, enquanto haja ‘corrida’, haja ideias em movimento.
No início do século XX, H. G. Wells afirmou que “a história da humanidade é cada vez mais a disputa de uma corrida entre a educação e a catástrofe”. Em 2012, o pesquisador David Albury, da GELP (Global Education Leaders Program) afirmou que “o Mundo levará décadas para implantar ensino do século 21”. Essas afirmações, publicadas respectivamente nos excertos de Moacir Gadotti (2000) e no Terra Educação em 25/09/2012, revelam-nos as crises dos modelos de ensino e a necessidade de mudança. E quando falamos em mudança, pensamos em teorias de aprendizagem, avaliação de currículo, autonomia escolar e outras discussões que, para já, não pretendo abordar. Mas, chama-me atenção a questão da inovação tecnológica.
As vias parecem intransitáveis quando pensamos, por exemplo, na questão da dependência. Uma analogia simples e aparentemente surreal (e ilógica), diz respeito ao desenvolvimento das novas tecnologias nas sociedades e a (não) utilização dessas tecnologias nas instituições de ensino. Percebemos, claramente, que as sociedades estão cada vez mais dependentes dessas transformações, enquanto que as instituições de ensino - há exceções, mas vou falar aqui do panorama geral - parecem não saber como acompanhar essa tendência tecnológica e se esbarram na comunicação com os alunos.
Parece simples pensar na relação entre Inovação e Educação. No entanto, a Educação, em teoria, está visceralmente comprometida com o conhecimento e ideias, de tal modo que tem demonstrado, durante décadas, resistência para experimentar novas tecnologias e novos conceitos baseados nas ciências. Já não se sabe se a Educação faz parte da ‘corrida’ mencionada por Wells ou se mantém com ‘pernas atrofiadas’ num tempo de crise de concepções e paradigmas, época em que o imaginário parece ter um peso maior. Evito pensar que a Educação (formal e não-formal) possa fazer-se a própria catástrofe do século XXI...
Nas conversas e controvérsias do nosso tempo, não podemos perspectivar o futuro da educação. Não, sem certa dose de cautela. No entanto, a “maldição da tradição do conhecimento” e a crise de paradigmas não podem figurar a justificativa para o imobilismo.
Só espero que, enquanto haja ‘corrida’, haja ideias em movimento.
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