quinta-feira, 16 de maio de 2013

O museu como sala de aula

Rooney Figueiredo


O museu é antes de tudo uma cápsula do tempo com o conforto do presente. É um espaço único que nos permite viajar ao passado com as comodidades dos dias atuais. O portal para estes mundos, por vezes dicotômicos, pode ser um mosaico romano, uma escultura em pedra, um túmulo medieval ou uma talha barroca.

Olhar para o passado protegido nos museus é um luxuoso aprendizado. Um professor pode ir ao museu com seus alunos quantas vezes for possível. As diferentes áreas do conhecimento podem explorar este espaço e construir aulas dinâmicas, eficientes e sobretudo divertidas.

Uma aula no museu pode ser algo dinâmico e envolvente, mas sabemos que tudo depende de como orquestramos a aula. Ir ao museu com os alunos, em horário de aula, não é um passeio, é aula. Sendo aula, é preciso ter plano, roteiro e objetivos claros para o professor e mais ainda para os alunos. Não precisa ser um momento de chatices, desconfortável e pouco estimulante, mas sim um evento na altura da riqueza desta fabulosa cápsula do tempo que recebe aluno e professor.

Cada peça exposta em um museu tem uma história e algumas possuem incríveis curiosidades. Seria um desperdício não usar tais curiosidades como ferramentas didáticas. O museu como sala de aula é uma estratégia que ensina muito mais que os conteúdos de uma cadeira, transforma aluno e professor em guardiões de um tesouro, de um espaço único com uma riqueza singular da qual todos somos herdeiros.

Não explorar o museu como sala de aula é como ir à uma praia de um país tropical e não dar um mergulho: sentimos o sol, mas não nos refrescamos na água.

Um comentário:

  1. O museu pode constituir um bom espaço para trabalhar assuntos escolares mas deve ser primeiramente exposição de histórias várias à procura de entendimento. Nesse sentido, o museu deve ser um património aberto à curiosidade, um espaço de artefactos instigantes e dados à desconstrução e reconsideração das pessoas que o visitam.

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